sábado, 4 de junho de 2011

PEQUENO TRATADO DAS GRANDES VIRTUDES - ÌNDICE ANALÍTICO

1  - A polidez
Polidez e moral; o canalha polido; o que se faz e o que se deve fazer (Kant); tornar-se virtuoso: a polidez como aparên­cia de virtude, de que as virtudes provêm; alcance e limites da polidez; que a polidez não é uma virtude moral, mas uma qualidade; que ela, ainda assim, é necessária ao homem vir­tuoso.
2  - A fidelidade
O devir como esquecimento, o espírito como memória e co­mo fidelidade; a fidelidade, virtude da memória; que ela não vale em absoluto ou por si mesma, mas em função de seus objetos; o dever de fidelidade; fidelidade e pensamento; fide­lidade e moral; fidelidade e amor.
3  - A prudência
A prudência, virtude cardeal; sua crítica pelos modernos; a prudência (phronésis, prudentia) nos antigos; atualidade da prudência; a prudência e o tempo: que ela leva em conta o futuro, mas só existe no presente; prudência e moral.
4  - A temperança
O prazer; a temperança como arte de desfrutar e como liber­dade; a temperança em Epicuro e em Montaigne; que a temperança não se reduz à higiene; dificuldade da temperança; a temperança como poder, isto é, como virtude.
5 - A coragem                                                                                             
Que a coragem é admirada em toda parte, mas que isso não prova nada; a ambigüidade da coragem: ela também pode servir para o pior; qual coragem é moralmente estimável e por quê; a coragem como traço de caráter e como virtude; a coragem, condição de toda virtude; coragem e verdade: que a coragem não é um saber mas uma decisão, não uma opi­nião mas um ato; coragem e razão: a coragem intelectual; a coragem e o tempo: que a coragem não diz respeito apenas ao futuro; a coragem do desespero; a coragem e a esperança; coragem e comedimento; limites da coragem: que o destino é o mais forte.
6  - A justiça                                                                                                 
Que a justiça é a única das quatro virtudes cardeais que tem valor absoluto; que ela não pode se reduzir à utilidade; a jus­tiça como igualdade e como legalidade (Aristóteles); a justiça como virtude: que ela não poderia se reduzir ao respeito da lei; o justo e a justiça; o princípio da justiça: a igualdade dos homens entre si; o critério da justiça: pôr-se no lugar do outro; a idéia de contrato social; a "posição original" de Rawls; a justiça e o eu; a justiça e o amor; justiça, natureza e sociedade; crítica de Hume: a justiça e a abundância, a justi­ça e a violência, a justiça e a fraqueza; justiça, doçura e com­paixão; a justiça, a força e as leis; a eqüidade; que o comba­te pela justiça não terá fim.
7  - A generosidade                                                                                    
A generosidade, virtude do dom; justiça, solidariedade e ge­nerosidade; o egoísmo: "que o coração do homem é oco e cheio de lixo" (Pascal); generosidade, magnanimidade e libe­ralidade; generosidade e liberdade: Descartes; a generosidade e o amor; generosidade e força de alma (Spinoza); a genero­sidade como desejo de amor: ser generoso é esforçar-se por amar e agir em conseqüência disso; moral da generosidade:
"Agir bem e manter-se em alegria" (Spinoza); a generosidade, sua origem e seus contrários; os diferentes nomes da genero­sidade.
8  - A compaixão                                                                                        
Que a compaixão não tem prestígio; simpatia e compaixão: a compaixão como simpatia na dor ou na tristeza; crítica da compaixão nos estóicos e em Spinoza; que a compaixão é melhor, no entanto, que seu contrário; commiseratio e mise­ricórdia em Spinoza: mais vale um amor entristecido do que um ódio alegre; compaixão e caridade; a compaixão em Schopenhauer e em Rousseau; compaixão e crueldade (Han- nah Arendt); compaixão e piedade; a compaixão como senti­mento e como virtude; o amor e a compaixão: Cristo e Buda.
9  - A misericórdia                                                                                    
A misericórdia, virtude do perdão; que o perdão não é esquecimento; misericórdia e compaixão: que são duas virtudes diferentes mas solidárias; a misericórdia e o amor; a miseri­córdia, virtude intelectual; misericórdia e liberdade; as duas maneiras de perdoar: o perdão como graça ou como verda­de; a misericórdia como vitória sobre o ódio; podemos per­doar tudo?; misericórdia e combate; misericórdia para todos e para nós mesmos.
10  - A gratidão                                                                                          
Que a gratidão é a mais agradável das virtudes, mas não a mais fácil; gratidão, generosidade e amor; gratidão e humil­dade; o ser como graça; a gratidão, alegria da memória: é o amor do que foi (Epicuro); gratidão e trabalho do luto; a gra­tidão como virtude: que ela exclui a complacência e a cor­rupção; gratidão e caridade; a gratidão como felicidade de
11 - A humildade                                                                                      
A humildade, virtude humilde; a humildade em Spinoza; que a humildade não é a baixeza; o valor da humildade: sua crítica em Kant e Nietzsche; humildade e verdade; humilda- de e caridade; a humildade, virtude religiosa: que ela pode, no entanto, conduzir ao ateísmo.
12  - A simplicidade                                                                                  
Simplicidade do real: seu contrário não é o complexo mas o duplo ou o falso; a simplicidade como virtude; simplicidade e bom senso; que a simplicidade não é a sinceridade (Fénelon); simplicidade e generosidade: a generosidade é o contrário do egoísmo, a simplicidade o contrário do narcisis­mo ou da pretensão; que toda virtude, sem a simplicidade, não teria o essencial; a simplicidade e o tempo: que ela é virtude do presente; a simplicidade e o eu; simplicidade, sabedoria e santidade.
13  - A tolerância                                                                                       
Podemos tolerar tudo?; que o problema da tolerância só se coloca nas questões de opinião; que uma tolerância univer­sal seria moralmente condenável e politicamente condena­da; o "paradoxo da tolerância" (K. Popper); a "casuística da tolerância" (V. Jankélévitch); o intolerável; o totalitarismo; to­lerância e amor à verdade; tolerância e liberdade; o proble­ma do dogmatismo prático: o exemplo de João Paulo II; valor e verdade; tolerância, respeito e amor; que a tolerân­cia é uma pequena virtude, mas necessária.
14  - A pureza                                                                                             
A pureza como evidência e como mistério; as meninas; que toda existência é impura; o puro e o sagrado; do bom uso da purificação; pureza, sexualidade, amor; o "puro amor" (Fénelon); pureza e desinteresse; o "amor casto" segundo Simone Weil: que é um amor que não se dirige para o futu­ro; pureza e trabalho do luto; pureza e transgressão: Eros, Pbilia e Agapé; o amor sem cobiça; a beatitude e os "apeti­tes sensuais" (Spinoza).
15  - A doçura                                                                                            
A doçura, virtude feminina; doçura, generosidade e pureza; o problema da passividade; doçura e caridade; a doçura nos antigos; o problema da nâo-violência; temos o direito de matar?; doçura e guerra; doçura e humanidade.
16  - A boa-fé                                                                                             
Boa-fé e verdade; a boa-fé como sinceridade transitiva e reflexiva; que a boa-fé não prova nada, mas é necessária em toda virtude; deve-se dizer tudo?; a boa-fé em Montaigne; o verídico segundo Aristóteles; toda mentira é condenável?; o rigorismo de Spinoza e de Kant; mentir de boa-fé?; deve-se dizer a verdade ao moribundo?; boa-fé e compaixão; não mentir a si mesmo; a má-fé em Sartre; o amor à verdade: a boa-fé e o espírito.
17  - O humor                                                                                            
Em que o humor é uma virtude; o humor e a seriedade; o riso de Demócrito segundo Montaigne; o humor e a ironia; o humor e a humildade; humor e sabedoria; que o humor tem algo de libertador e cie sublime (Freud); de novo sobre o humor e a ironia; o humor e o sentido; o humor, a ética e a religião (a propósito de Kierkegaard); o humor como desi­lusão alegre e como virtude.
18  - O amor                                                                                               
Que o amor não é um dever (Kant); amor, moral e polidez: que a moral é um simulacro de amor, assim como a polidez é um simulacro de moral; o amor ao amor; o alfa e ômega de nossas virtudes.
Eros                                                                                                   
O amor segundo Platão: do sonho da fusão (o discurso de Aristófanes, no Banquete) à experiência cla falta (o discurso de Sócrates); amor e solidão; o amor ávido; a paixão: que ela só pode durar na infelicidade; parto e criação; amor e transcendência; que Eros é um deus ciumento; sofrimento da paixão, tédio dos casais; a paixão e a morte; o fracasso.

Philia
Crítica do platonismo: que o amor não se reduz à falta; o prazer e a ação; o desejo como potência, o amor como ale­gria (Spinoza); outra definição do amor; amor e gratidão; a amizade segundo Aristóteles; que philia e erôs podem andar juntos; o marido e o príncipe encantado; os casais felizes; a paixão e a amizade; a família; amor de cobiça e amor de benevolência; a ascensão do amor e pelo amor; a mãe e o filho.

Agapé
Que nem erôs nem philia bastam; de novo sobre o amor e a moral; o amor dos pais; que o amor a si é primeiro; limi­tes da amizade; a caridade: "amar seus inimigos"; amor, cria­ção e descriação segundo Simone Weil: o amor como retira­da; que a caridade é o contrário da violência e da afirmação de si; a "agapé cristã" (A. Nygren e D. de Rougemont); erôs, philia e agapé; que resta da caridade se Deus não existe?; a philantropia entre os gregos, o amor em Spinoza, a descria­ção em Simone Weil; de um bom uso da pulsão de morte?; caridade, justiça e amor a si: a caridade como amor liberta­do do ego; a caridade como valor: o amor comanda, mesmo em sua ausência; as três virtudes teologais (a fé, a esperan­ça e a caridade): que apenas a caridade tem um sentido em Deus ou no ateísmo; que ela talvez só exista na medida em que nos falta.

As três maneiras de amar, ou as três gradações do amor: a falta, a alegria, a caridade; caridade, compaixão e amizade; as virtudes e o amor.

Um comentário:

Cleonice Paicheco disse...

Bom dia!
Gostaria que me esclarecesse algo fui chamada por colegas em sala de uma pessoa simples e gostaria de saber se podem ter razão, sou congruente, espontânea e não calculo meus atos prezo a liberdade.